quarta-feira, 28 de maio de 2008

Peso - contra e medida

Hoje em dia o assunto mais importante é a saúde.
Não há dinheiro, ok. Não há condições razoáveis, tudo bem. Não há tempo para nada, certo.
Mas se houver saúde está tudo numa boa. Quantas vezes não ouvi já:
"Então e novidades?"-"Ah, está tudo na mesma, o importante é haver saúde!", ou a cantar os parabéns: "...muitos anos de vida (...) tenha muita saúde e amigos...".
São apenas alguns exemplos, mas o que será a saúde??
Segundo a O.M.S. (Organização Mundial da Saúde), saúde define-se por: "estado de completo bem-estar físico, mental e social e não consistindo somente da ausência de uma doença ou enfermidade". É mais complexo do que imaginava?
Então vejamos, uma pessoa paraplégica, é doente física? Uma pessoa esquizofrénica, é doente mental? E uma doente social o que é?! Se virmos a palavra social, tem muitos significados.
Social engloba palavras como "anomia", "classe", "coesão", "compreensão", "cultura", "estrutura", "grupo", "raça", "revolução", "trabalho", etc. E muitas mais.
Quero com isto dizer, se estiver com algum problema social estou doente?
Então se eu estiver sem trabalho sou doente. Se eu não pertencer a nenhuma classe social sou doente? Se for inculto, sou doente... E pior, uma pessoa diferente de mim é doente ou saudável?
A única palavra que não entendo estar aqui é "raça". Raça?? Nem vou comentar.
Agora pergunto, o que tem a ver o titulo com este assunto?
Ora, muitas pessoas procuram saúde de diferentes maneiras e as vezes de forma ridícula mas naquele momento foi a mais racional e possível que arranjaram.
Exemplos? Pensem e depois logo se vê.
Nos E.U.A. há um ditado assim: "An apple a day keeps the doctor away", que significa comendo uma maçã por dia evitamos ir ao médico. Incentiva assim, as crianças a manterem hábitos alimentares saudáveis (!). Eis a escada...
Muitas pessoas procuram saúde na alimentação, de maneira correcta ou não, não sei, não sou médico, o que sei é que também há quem não faça esforço para isso. Um exemplo que se passou comigo. Fui comer ao McDonald's, lógico que comi um hambúrguer, no entanto reparei por instantes nos preços e cheguei a conclusão que por 3€ comia uma sanduíche, uma bebida e um acompanhamento. No entanto uma pessoa que opte por um menu mais saudável teria que deixar mais de 4€, conclusão, ninguém lhes pode apontar o dedo, há o menu saudável, por isso só come hambúrguer quem quer, uma salada (que basicamente é feita de talos de alface) é mais difícil de obter por ser mais cara. Estranho não? Há um ciclo vicioso nisto tudo.
Vejamos outro exemplo, a água. Indispensável à vida, 70% do peso do nosso corpo é constituído por água. Existe uma velha frase, "água não se nega a ninguém", no entanto se formos a analisar sai mais caro beber água que outra bebida. Num bar ou qualquer estabelecimento semelhante um café custa 0,50€, uma cerveja de garrafa (20cl) custa 0,60€ (aproximadamente) e em dias de promoção talvez chegue ao preço de um café, mas e a água?
Uns meros 0,70 ou 0,80 cêntimos. No supermercado estão a o,35€ por garrafa.
Uma água mineral são 0,80€ e com sabor chega a ser 1€. Se fazem campanhas para "se conduzir não beba álcool", não seria de pôr as bebidas sem álcool mais baratas? Lá está, ninguém pode apontar o dedo porque eles têm-nas, mas para consumi-las tem que se pagar mais.
Concordo contigo Scolari, "e o burro sou eu?".
Há um mito em volta dos refrigerantes com gás, que engorda, que provoca retenção de líquidos, que faz gases. Sim é verdade, mas se bebidos em excesso! São excelentes hidratantes (mas não substituem a água), desde que sejam bebidos com moderação.
Nova lição de vida, moderação é a palavra chave para tudo.
Porque é que os miúdos, por exemplo nos E.U.A. estão a ter problemas graves de saúde? Pois, bebem refrigerantes a toda a hora! Ao pequeno almoço, ao almoço, sem ser as refeições...
Será que não há água potável lá? Pesquisei e é assustador, nos próximos 50 anos a água tornar-se-a imprópria para consumo devido a constante poluição. Chiça! Nem sei o que dizer.
Hoje em dia, devido a qualidade dos produtos que consumimos há uma forte carência do nosso organismo a vitaminas, e quem pensar que as carnes vermelhas são prejudiciais lembre-se que é uma das maiores fontes de vitaminas que existe, podia fazer aqui um resumo das vitaminas e as suas funções, mas não, vou apenas dizer o básico, é necessário comer de tudo, mas com moderação (!) claro.
Uma curiosidade, sabiam que uma das razões das pessoas mais velhas terem os problemas que têm, desde diabetes, colesterol, etc. Deve-se a maneira como os alimentos eram conservado? Nem sempre houve frigoríficos e arcas! (piada)
Para quem não sabe, dantes (escrevo como se fosse muito velho) os alimentos eram conservados em sal. Exactamente! Mais uma vez, o sal (cloreto de sódio) tomado em excesso é prejudicial, no entanto se for ingerido com moderação (tcharam!) não deixa de ser positivo.
Ao contrário do que se pensa, a maior parte do sal que consumimos não provém do nosso saleiro. 80 % deriva dos produtos confeccionados, isto é: pão, charcutaria, pratos pré-preparados, sopa, pizzas, etc... As nossas necessidades diárias são de 2 g, no entanto consumimos 10 g sem problemas. Caso não saibam, sal não é a principal causa da hipertensão. A hipertensão depende da idade, de factores genéticos, do estado de saúde e dos hábitos alimentares. O objectivo não passa por colocar todas as populações numa dieta sem sal, mas sim num controlo do seu consumo. As crianças precisam do sal para o bom desenvolvimento de seu sistema nervoso.
Pelo que li, os poderes públicos levaram este problema tão a sério, que foi implementado um programa de saúde pública previsto para um período de 5 anos. Não sei se é verdade ou mentira, mas parece-me bem.
Solução? Ponham o sal a 1.50€ o quilo e vejam se não melhora...
Não quero de modo algum fazer entender que só eu é que sei, mas como um amigo meu disse: "Não é que as minhas opiniões sejam melhores que as outras, mas podem fazer-vos pensar e divertir-vos." Nem mais!
As vezes por apenas cinco minutos, dá para pensar antes de agir...